terça-feira, 10 de março de 2015

Famalicão a ler

“Queixava-se a tia Miséria
Da sua desgraça tamanha.
De ser pobre, de ser velha
E da saúde, que não há,
Não permitir a façanha,
De à pereira da horta
Subir como um rapaz
E nela encher um cabaz
De fruta que se veja…”

E assim começava o texto “A Miséria e a Morte” que o nosso professor escreveu, baseando-se num conto da tradição oral e que nós lemos, na manhã de quinta-feira, cinco de março em alguns lugares da cidade de Vila Nova de Famalicão, respondendo, mais uma vez, ao desafio da coordenação das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco para a iniciativa “Famalicão a Ler”, integrada nas comemorações da Semana da Leitura 2015, cujo tema é “Palavras do Mundo”.
O que se pretendeu foi sair da sala de aula e da escola e invadir, com leitura, espaços geralmente destinados a outros propósitos como a espera, o encontro ou o simples acesso a outros lugares. E assim estivemos na entrada da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, na sala dos professores da Escola Júlio Brandão, no átrio da Casa da Cultura e no interior de um Centro Comercial.

E assim contámos as desgraças de uma velha que se fizeram história de pensar na razão que, afinal, tanto liga a miséria à morte mas que também diverte, porque a apresentamos em jeito descontraído de jogral a partir de um aparentemente casual encontro naquele lugar.

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