segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Lengalengas e trava-línguas I

A nossa tradição oral é muito rica em lengalengas e trava-línguas e sendo que alguns livros que fazem parte das nossas leituras habituais incluem textos assim, sabemos que há muito a descobrir neste campo, nomeadamente ao nível das versões e variações que acontecem e se instalam entre os falantes da Língua Portuguesa.
Na semana passada, iniciámos a recolha de exemplos destes dois tipos de texto da Língua Portuguesa e hoje fazemos a primeira publicação, indicando o responsável pela recolha, o texto e a fonte.

Daniela:
Dão badalão, cabeça de cão.
Menina bonita, do meu coração.
António Mota, O Livro das Lengalengas 1, Gailivro, 2008

Vasco:
Um-dó-li-tá.
Cara de amendoá.
Um soneto coroneto.
Quem está livre, livre está.
António Mota, O Livro das Lengalengas 1, Gailivro, 2008

Inês:
O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia.
 (Pai Ricardo)

Diogo:
Arre-burro de Loulé
Carregado de água-pé.
Arre-burro de Monção
Carregado de requeijão.
(mãe Júlia)
  
Mariana:
Atrás da pia tem um prato, um pinto e um gato.
Pinga a pia, apara o prato, pia o pinto, mia o gato.
(tia Via)

Filipa:
Um-dó-li-tá.
Cara de amendoá.
Um segredo colorido.
Quem está livre, livre está.

1 comentário:

Unknown disse...

Acho que estas lengas-lengas são muito bonitas.

Daniel Cunha