segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A zaragata das nuvens


A partir do texto de Inácio Pignatelli, in "O pastor de nuvens" a proposta era continuar o texto da página 38 do nosso manual.





Esta é a proposta do Daniel, depois de revista coletivamente pela turma e professor.

As mães das nuvens ficaram tristes por as verem assim.
Todas as pessoas da terra refugiaram-se em casa o melhor que puderam. As nuvens, só por um vestido ficaram assim zangadas e depois elas puxaram tanto umas para um lado, outras para outro, e tanto que os vestidos escuros se rasgaram e elas ficaram ainda mais furiosas.
Mas esqueceram-se das coisas lá de baixo, os seres vivos.
Todas disseram “A culpa foi tua!” quando a culpa era de todas.
O Bombeiro Luís foi lá para as acalmar e falou com elas. Subiu pela auto-escada até bem ao cimo e gritou muito alto “Parem!”.
Elas, ainda enervadas apontaram umas para as outras e disseram “A culpa foi dela!” e o Luís, calmamente e baixinho disse para elas fazerem as pazes. E elas fizeram.
Todas se foram acalmando e a tempestade parou.
Todos saíram de casa e olharam para o céu para verem as nuvens abraçadas umas às outras, enquanto os vestidos iam ficando cada vez mais claros e desapareciam os rasgos.
Todos deram um grande abraço ao Luís e todos pegaram nele ao colo enquanto gritavam “Viva!”. Festejaram também com as nuvens e tudo se resolveu até que as mães das nuvens pararam de chorar.
E até apareceu no jornal.
Depois, raramente, mas muito raramente, houve trovoada.
Esta história foi escrita, contada e lembrada até que o Luís morreu de velhice mas toda a gente da terra sabe como era um bom homem de coração puro.

DANIEL CUNHA (revisto pela turma)

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