Esta é a proposta do Daniel, depois de revista coletivamente pela turma e professor.
As mães das nuvens
ficaram tristes por as verem assim.
Todas as pessoas da
terra refugiaram-se em casa o melhor que puderam. As nuvens, só por um vestido
ficaram assim zangadas e depois elas puxaram tanto umas para um lado, outras
para outro, e tanto que os vestidos escuros se rasgaram e elas ficaram ainda
mais furiosas.
Mas esqueceram-se das
coisas lá de baixo, os seres vivos.
Todas disseram “A
culpa foi tua!” quando a culpa era de todas.
O Bombeiro Luís foi lá
para as acalmar e falou com elas. Subiu pela auto-escada até bem ao cimo e
gritou muito alto “Parem!”.
Elas, ainda enervadas
apontaram umas para as outras e disseram “A culpa foi dela!” e o Luís,
calmamente e baixinho disse para elas fazerem as pazes. E elas fizeram.
Todas se foram acalmando
e a tempestade parou.
Todos saíram de casa e
olharam para o céu para verem as nuvens abraçadas umas às outras, enquanto os
vestidos iam ficando cada vez mais claros e desapareciam os rasgos.
Todos deram um grande
abraço ao Luís e todos pegaram nele ao colo enquanto gritavam “Viva!”. Festejaram
também com as nuvens e tudo se resolveu até que as mães das nuvens pararam de
chorar.
E até apareceu no
jornal.
Depois, raramente, mas
muito raramente, houve trovoada.
Esta história foi
escrita, contada e lembrada até que o Luís morreu de velhice mas toda a gente
da terra sabe como era um bom homem de coração puro.
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