Numa certa madrugada cheirou-me a pó de
fada e fui parar ao beco mais escuro da cidade onde encontrei uma fada em muito
mau estado que estava estendida na lama e incapaz de se mexer.
A fada lembrou-se de mim e eu dela. Era a
fada que me tinha dado o nariz do tamanho de um chouriço. Ela estava
envergonhada e pediu-me desculpa por isso.
A fada não sabia onde estava a porta do
ar para regressar ao mundo das fadas e então levei a fada para a minha casa que
era um lugar calmo e limpo mas mandei levantar ainda mais os muros para ninguém
ver a fada.
A fada fazia comida deliciosa. Afinal era
uma fada do lar.
Mas um rapaz curioso e destemido saltou
o muro e deparou com a fada e a notícia deu a volta à cidade e a fada tinha que
partir ou morreria ao amanhecer.
Levei a fada até à montanha, onde apalpou
o ar e encontrou a porta.
Ela foi embora mas prometeu
vir todos os domingos de madrugada visita-me.
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